Um fim de semana inteiro discutindo Física. A temporada 2018 do Torneio Internacional de Jovens Físicos (IYPT) fase nacional foi realizada de 20 a 22 de abril no campus Cidade Universitária da UNIP. Uma das equipes do Colégio Objetivo se classificou para o Torneio Internacional de Jovens Físicos que acontecerá de19 a 26 de julho de 2018, na China.
O IYPT é uma competição científica para estudantes do Ensino Médio, conhecida com a Copa do mundo da Física. O grande diferencial do torneio é referente ao formato da disputa baseado em discussões e debates das resoluções de problemas de Física presentes no cotidiano.
Entre as 20 equipes participantes da fase nacional, apenas as cinco vencedoras conquistam o direito de ter um representante na China. No Colégio Objetivo, o aluno selecionado foi Guilhermo Cutrim Costa.
A definição pelo representante da equipe teve como base a indicação do próprio grupo, as observações do júri e o domínio da língua inglesa, oficial para os trabalhos no torneio internacional. Com os resultados obtidos no campeonato, tenho em mente um futuro focado nas pesquisas de Física, afirma Guilhermo.
Guilhermo e sua equipe composta por Gustavo Korzune Gurgel, Danilo di Fábio Bueno e Felipe dos Santos Araújo conquistaram medalha de prata no torneio.
Quando entrei no Objetivo e conheci a Física, peguei gosto pela temática e passei a me dedicar, em média, oito horas por dia. Foram meses de estudo, mais o apoio do professor, que permitiram que a nossa equipe conquistasse esse título. Estamos muito felizes, comenta Gustavo.
Na fase nacional, além da prata as equipes do Objetivo conquistaram duas medalhas de bronze e uma menção honrosa. Segundo Ronaldo Fogo, professor responsável pelas aulas especiais de Física do Colégio Objetivo, só escolas de alto nível conseguem capacitar os jovens para este tipo de competição.
O torneio desenvolve múltiplas habilidades, como pesquisa, quase sempre em inglês, domínio de técnicas de laboratório, construção de protótipos, análise de dados experimentais, confecção de gráficos e tabelas explicativas, apresentação oral do trabalho e preparação para arguição dos jurados e debates, que implicam no amplo domínio da Física. São muitas exigências, afirma.
Para participar, os times competidores produziram um relatório incluindo a solução de cinco dos 17 problemas disponibilizados previamente pelo comitê organizador. As soluções foram avaliadas por um júri, que levou em conta os conceitos físicos e as teorias utilizadas, a metodologia experimental e a análise dos resultados.
As sessões são chamadas de Physics Fights, debates realizados em rodadas de 50 minutos. A cada uma delas há revezamento das equipes como relatoras (apresenta a solução de um problema), oponentes (critica a relatora, apontando falhas e expondo aspectos positivos da apresentação) e avaliadoras (avalia as atuações das duas equipes). Por fim, uma banca de jurados dá as notas.
No ano passado, a equipe brasileira, composta pelos alunos do Objetivo Roberto Saito e Vítor Tamae terminou a competição na 8ª posição, garantindo a conquista da medalha de prata, ao lado de Nova Zelândia, Alemanha, Taiwan e República Tcheca.
Foi a terceira medalha de prata conquistada nos últimos cinco anos, que assegura ao País posição de protagonismo no cenário internacional. Conquistamos ótimos resultados nos últimos anos e esperamos ainda mais para 2018, comenta Ronaldo Fogo.